sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PROJETO ARTESANATO: UCB + AGAAPRA PARCERIA DE SUCESSO


A Universidade Castelo Branco neste ano de 2012 começou uma incrível parceria com a Associação de Artesãs de Realengo.  Junto com esta parceria, começou um projeto que, acredito que a maioria de nós, alunos da UCB que  caímos de paraquedas nesse projeto, nunca pensávamos que poderia dar certo.  Até agora. E por que, agora podemos acreditar nisso e no início não? Como alguns professores já nos haviam avisado, era de se esperar que nós não víssemos um futuro nesse projeto. Que seria um projeto que não obteria resultados no final das contas.  Mas aí é que tá.  Com o tempo e a vivência nesse projeto, – porque sim, nós tivemos que “pôr a mão na massa” – pudemos ver o quanto o projeto tem sim potencial e o quanto é IMPORTANTE nós estarmos engajados no dito cujo, para que possamos  trazer não só felicidade e realização para essas artesãs tão talentosas, cuja profissão é ainda – acredite- tão desvalorizada, como também , digamos  um “degrau a mais”, uma avanço para a nossa cultura.  Já que nada mais bonito e sincero, do que um artesanato para expressar a cultura nacional.
No dia 07/11/2012, fomos à feira de artesanato, realizada na Praça da Rodoviária, na Universidade Castelo Branco.  Neste dia, tivemos a chance e a honra de conversarmos  um pouquinho com  as artesãs ali presentes. Também estiveram conosco, alguns dos professores, que assim como nós, estão engajados nesse projeto.



Tivemos o prazer de entrevistar três excelentes artesãs.  A seguir, vamos  apresenta-las a vocês.



   MARGARETH                        
MARGARETE


VITÓRIA (PRESIDENTA DA ASSOCIAÇÃO)




01)    Porque a senhora começou a fazer artesanato?

§  Margareth:  Sempre gostei de Arte, minha vida inteira. E não queria ficar a toa depois de me aposentar.
§  Vitória: Acho que já estava no sangue. Me interessei pelo assunto, corri atrás de cursos sobre e me dediquei a fazer.
§  Margarete:  Por curiosidade e por querer ter uma “terapia”.

02)   O que te inspira a criar?

§  Margareth: Creio que nada me inspira a criar É só uma criatividade própria.
§  Vitória: Nada. É uma coisa natural de mim. Tô sempre pensando no que fazer.
§  Margarete:  Minha própria mente. Ela flui sozinha, sempre pensando em inovar, até dormindo. (Risos) 

03)   De quais materiais seu artesanato é feito?

§  Margareth:  madeira, tintas diversas, panos, plástico...
§  Vitória:  Panos e tintas diversos etc
§  Margarete: Vidro, Bambu, santinhos (comprados), plástico...
  
04)   Sua família te apoia? Ajuda-te na produção?

§  Margareth: Sim, sempre apoiam e ajudam quando podem.
§  Vitória: Sim, me apoiam e ajudam muito.
§  Margarete: Sempre.

05)   O que você diria sobre a parceria da Castelo com a Associação?

§  Margareth: Não tem muito que falar, estou gostando muito. É a primeira vez que alguém faz isso por nós.
§  Vitória: Diria que caiu do céu. (Risos).
§  Margarete:  Não temos muito o que dizer, somente agradecer pela oportunidade.

06)   E qual é a sua expectativa em relação ao projeto?

§  Margareth: As melhores possíveis.
§  Vitória: Espero que dê tudo certo, pois sempre esperei algo como esse, principalmente como  presidenta da associação.
§  Margarete:  Com certeza todas maravilhosas. Hoje em dia é difícil ver um jovem se interessar pelo nosso trabalho e isso nos faz muito feliz.  Somos muito gratas à universidade e a vocês, alunos.

07)   Você pretende fazer artesanato pro resto da sua vida, independente do lucro adquirido?

§  Margareth:  Com certeza! Me faz feliz.
§  Vitória:  Bom, eu sou advogada, como atualmente estou aposentada, gostaria sim de fazer isso por muito tempo, mas somente enquanto eu puder e me fizer bem.
§  Margarete:  Enquanto Deus me permitir, estarei fazendo. Me faz muito, muito bem.
  
08)   Você poderia me passar seu telefone para que nossos leitores possam entrar em contato caso queiram conhecer o seu trabalho?

§  Margareth: Sim,  21 3421-1977 /  21 8647-4475.
§  Vitória: Sim, 21 3309-0722.
§  Margarete: Com certeza, 21 3463-5698.

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Conforme pode ser visto acima, tivemos a visão das artesãs sobre o projeto que está sendo feito. Para que pudéssemos também saber um pouquinho da visão da UCB, fomos entrevistar a professora Cristiane Cravo:









 



01)   O que a senhora acha sobre a parceria da UCB com a associação de artesãos?

Creio que esta parceria é muito importante tanto para os artesãos quanto para a faculdade pois a Castelo Branco traz força a esta associação. As artesãs conseguem difundir seu trabalho e já sentem um reflexo disto em suas vidas, se tornam ainda mais importantes no contexto social. Para a Universidade conseguimos mostrar que pensamos "fora da caixa", que valorizamos este mercado. É um trabalho profissional, mas com cunho social muito forte.

02) Como educadora de uma renomada instituição de ensino superior, o que a senhora diria sobre a importância do artesanato para nossa cultura nacional?

Além de materializar a alma da cultura brasileira, o artesanato é um setor da economia cujo crescimento possui alto potencial de geração de trabalho e renda, merecendo uma política de desenvolvimento sustentável voltada para o setor. Pode ser  associada a projetos sociais e de desenvolvimento turístico enriquecendo ainda mais a cultura do nosso país, agregando valor e foco aos países em desenvolvimento como o Brasil.

03) Tendo respondido a pergunta acima, o quão importante é o  artesanato na sua vida pessoal?

O artesanato é ainda algo novo na minha realidade, algo que tenho estudado a fundo e que sinceramente tem me conquistado. Antigamente, eu via o artesanato de outra forma, como “souvenir" em viagens para levar aos mais chegados. Hoje consigo vislumbrar um plano de negócios que sendo bem explorado consegue obter retorno certo. 

04) Se você estivesse, digamos, do "outro lado" sendo uma  representante do artesanato Europeu, você acharia interessante  essa parceria/exportação? E porquê?

Ao exportar estamos promovendo o setor artesanal de atividade meramente de subsistência para uma atividade profissional rentável. Nesse sentido, o Governo Federal tem criado entidades em todos os estados da federação, exatamente com o objetivo de apoiar o setor exportador. O PAB - Programa do Artesanato Brasileiro tem como função coordenar as ações para o desenvolvimento do setor artesanal.


05)   Para finalizarmos, qual é a sua expectativa para com esse projeto? A senhora gostaria de continuar contribuindo com seus valores, princípios e conhecimentos adquiridos ao longo da vida, para que este tão importante projeto se tornasse ainda mais grandioso do que ele já está sendo para a vida dessas artesãs?

Minha expectativa é que o projeto cresça, tome forma e que possa contar com o suporte de profissionais da UCB para expandir ainda mais esse projeto e tornar o e-commerce destes produtos uma realidade.

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Podemos concluir esse post  com uma frase:  “Nunca podemos desistir de nossos sonhos”.  E é justamente o que essas artesãs vêm fazendo a vida inteira. Não importa se o artesanato ainda está desvalorizado, o que importa pra elas, como elas mesmo fizeram questão em frisar durante nossa entrevista é que isso as faça BEM, FELIZ, independente do lucro.  E no final de tudo, elas fazem uma coisa que poucos fazem nesse país:  Expressar nossa cultura, se orgulhando da mesma.



Por Jessica Lucas e Camila Orofino.






 

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